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sábado, 4 de julho de 2015

Intervalo de Cristal



Procuro o silêncio da tarde, mas não encontro.
Não existe afinal o meu intervalo para a reflexão. 
A multidão está por todo o lado, numa hesitação entre o calor que emana da cidade e a brisa que sobe o rio.
Apesar da cidade ser cada vez mais um burburinho de línguas e cores diferentes, ela vive cada vez mais esta diferença como o seu intervalo.
Primeiro porque é fim de semana e disso ninguém duvida.
E eu desisto do silêncio e conformo-me com o movimento.
Entre projetos decido, num impulso, suspender a procura da perfeição que me empurra para a abstinência e satisfaço-me a imaginar que é sempre possível cristalizar os olhares e imaginar uma cidade com (nano) momentos de pausa
O tal intervalo de cristal : o da procura da perfeição e o do frenesim dos outros
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